"A semente foi plantada, creio que esse
trabalho não será em vão. Todos os que estão presentes aqui irão
multiplicar essas informações em seus segmentos", essa é a opinião da
estudante do curso técnico em Meio Ambiente, Aline Alves, sobre o
Seminário Parauapebas+20. Ela também é integrante do movimento social
Levante Popular da Juventude.
Além de Aline, outros formadores de
opinião participaram do evento em que foi apresentado o estudo
socioeconômico e ambiental, encomendado pela Prefeitura em janeiro deste
ano, para embasar o planejamento de longo prazo, que visa apontar as
vocações econômicas do município e diminuir a dependência do setor
mineral em 20 anos.
O primeiro palestrante do seminário foi o
Professor Doutor José Trindade, responsável pela construção do
planejamento Parauapebas+20. Ele apresentou, de forma sucinta, os
resultados do estudo e apontou três sugestões do plano que será entregue
em agosto deste ano: a criação de um fórum de desenvolvimento que
envolva todos os atores sociais; a instituição de um sistema de
desenvolvimento local que integre secretarias de governo e iniciativa
privada para a consolidação de arranjos produtivos locais (APL's); e a
construção de um sistema universitário e tecnológico local.
Fernanda Antunes, da Phorum Consultoria,
empresa contratada pela Vale para também realizar um estudo
socioeconômico sobre Parauapebas, apresentou alguns dados e enfatizou a
importância da comunidade em discutir o futuro do município. Ela citou o
caso de Itabira, em Minas Gerais, que para minimizar os efeitos da
depressão pós-mineração, realizou um trabalho semelhante de planejamento
em 94. As ações desempenhadas constroem resultados para que, até 2025, a
cidade se torne um pólo universitário de medicina, que atenderá o leste
do Estado. Outro foco de desenvolvimento local é a formação de
mão-de-obra técnica para atender o quadrilátero ferrífero.
A
última palestrante foi a professora doutora Maria Amélia, secretária
adjunta da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM) do
Estado do Pará. Sua exposição foi pautada no Novo Cenário da Mineração
do Pará e a Proposta do Novo Marco Regulatório da Compensação Financeira
pela Exploração Mineral (CFEM).
Além de explicar a nova taxa cobrada
pelo governo do Estado às mineradoras, Maria Amélia também reforçou que:
"o cenário é positivo, mas tem uma data para acabar. Agora é o momento
de fazer o desenvolvimento e o poder público tem o papel de animar os
movimentos sociais para levantar a bandeira da construção de um
desenvolvimento mais estável."
Após as explanações, o público
participou de um debate, questionando a mesa composta pelos palestrantes
sobre as informações apresentadas e os rumos que a cidade deverá
seguir. Para a coordenação do evento, formada pela equipe da Secretaria
Municipal de Planejamento (Seplan), o seminário foi produtivo.
Ainda de acordo com a coordenação, dois
passos fundamentais serão realizados ainda este ano: receber o
planejamento Parauapebas+20 da Fadesp - consultoria contratada pela
Prefeitura - que apontará as vocações econômicas do município e as ações
para a construção do desenvolvimento; criar um conselho e um fundo
municipal do desenvolvimento, com recursos da CFEM, que objetiva
perpetuar o projeto independente dos governos que passarem pela gestão
do município.
fonte: Ascom |
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Seminário SEPLAN: Parauapebas + 20
Seminário Parauapebas+20 agrega conteúdo para o planejamento de longo prazo da cidade
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