sexta-feira, 22 de junho de 2012

PT, Lula, Haddad e Maluf x Serra!?

Repostado do blog militanciaviva.blogspot.com.br/

MEA CULPA - MENINOS ERREI!



Dias atrás, postei aqui meu incômodo com a aliança do PT com o Maluf em torno da candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Pouco depois, a ex-prefeita Luiza Erundina renunciava estrepitosamente à sua candidatura de vice-prefeita, denunciando a aliança com Maluf como “espúria”. Mas, pera lá: a aliança virou espúria por causa daquela foto do Lula e Haddad com Maluf? A ex-prefeita aceitara o convite sabendo da aliança com o PP e, mesmo “agastada”, disse que não era de voltar atrás. Mas voltou. O que mudou? Uma foto? Francamente...

Sabemos que o PSB paulista sempre andou de mãos dadas com os tucanos. Assim, a indignação da ex-prefeita, vejam só, cai como uma luva para que a seção paulista do partido possa continuar seu namoro com o PSDB. Erundina pode até ter sido ingênua, mas certamente os caciques do PSB não foram. Mas os puristas, principalmente os de esquerda, estão mais preocupados com a suposta “coerência” da ex-prefeita. Convicções fortes; memória fraca: ela se aliou ao Quércia, no passado, lembram-se?



De qualquer maneira, esse episódio só reforça a ideia de que política não se faz com o fígado. São meios, fins e estratégia; a ética da responsabilidade, não da convicção. Há adversário principal e aliados circunstanciais. Um jogo de xadrez.


Olga e Luís Carlos

Em 1945, o líder comunista Luís Carlos Prestes saiu de nove anos na prisão para apoiar ninguém menos que Getúlio Vargas, cujo governo fora responsável pela deportação de sua mulher, Olga Benário, grávida, para a Alemanha nazista.


Getúlio Vargas recebe o apoio de Luís Carlos Prestes em 1945

Como comunista disciplinado, Prestes colocou os interesses do partido acima dos interesses pessoais. E o interesse do partido – e das forças democráticas – naquele momento era derrotar a direita, reagrupada em torno da UDN. E o inimigo da direita era Getúlio, o antigo algoz. O “cavaleiro da esperança” foi crucificado, mas como não reconhecer, hoje, a grandeza e a sabedoria política de seu gesto?



Pois é. Mesmo com décadas de experiência política, me deixei levar pelo canto das sereias moralistas. Mea culpa...

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